Ágora (II) - a questão do aborto
A Esquerda desesperada (e alguma sem muitas certezas) quer o referendo já, com medo que Cavaco seja presidente. A Direita procura, no mínimo, adiar a questão, contando também poder ter um presidente do seu lado.
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Ao propor um referendo ao aborto, encurralando-o entre as Autárquicas e as Presidenciais é um erro absurdo que o PS, PCP e BE estão a cometer. Contudo, como o CDS não está ciente desse erro, vai tentando protelar o referendo até Cavaco estar na Presidência.
Passo a explicar: já no primeiro referendo, e embora a maioria dos partidos permitissem o voto pessoal, o católico Guterres havia-se sentido dividido entre o partido/Governo e a sua religião/crença. Este facto, juntamente com uma campanha inexistente ou fraca, levou à falta de empenhamento dos partidários do SIM e à falta de esclarecimento dos cidadãos.
Nesse momento, o NÃO, através de uma campanha de atemorização e populismo baixo, apelou à religião dos portugueses (maioria católica) e falou de assassínios e crime anti-constitucional (por se negar o direito à vida). Ainda por cima, calhou num domingo de praia e a abstenção não permitiu que o referendo fosse considerado.
O PS ao propor o referendo para antes das Presidenciais só, aparentemente, tem um objectivo: que o SIM ganhe e Sampaio seja o PR, para o aprovar. Acontece que mesmo sendo Sampaio o PR, o espaço de debate e de esclarecimento vai ser ínfimo, e o NÃO parte na pole position. Deste modo, com uma campanha fraca, com o rescaldo das Autárquicas ainda no ar e as Presidenciais a poucos meses de distância, o SIM não terá muitas hipóteses e acabará por perder.
Para mim, Sócrates não tem coragem política para avançar para uma proposta de lei e aposta que o referendo saia furado. Para ele o importante será apenas o cumprimento da promessa do referendo...
P.S. - Considero incrível a falta de coragem política do PS, BE de avançarem com uma proposta de lei sem consulta aos cidadãos. Independentemente de ser contra ou a favor da proposta de lei, em relação ao aborto, se ambos declararam-se partidários do SIM, e se foram eleitos, que tenham a coragem de avançar. Pelo menos o PCP tem tido a "coerência" de ter defendido esta posição.
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Ao propor um referendo ao aborto, encurralando-o entre as Autárquicas e as Presidenciais é um erro absurdo que o PS, PCP e BE estão a cometer. Contudo, como o CDS não está ciente desse erro, vai tentando protelar o referendo até Cavaco estar na Presidência.
Passo a explicar: já no primeiro referendo, e embora a maioria dos partidos permitissem o voto pessoal, o católico Guterres havia-se sentido dividido entre o partido/Governo e a sua religião/crença. Este facto, juntamente com uma campanha inexistente ou fraca, levou à falta de empenhamento dos partidários do SIM e à falta de esclarecimento dos cidadãos.
Nesse momento, o NÃO, através de uma campanha de atemorização e populismo baixo, apelou à religião dos portugueses (maioria católica) e falou de assassínios e crime anti-constitucional (por se negar o direito à vida). Ainda por cima, calhou num domingo de praia e a abstenção não permitiu que o referendo fosse considerado.
O PS ao propor o referendo para antes das Presidenciais só, aparentemente, tem um objectivo: que o SIM ganhe e Sampaio seja o PR, para o aprovar. Acontece que mesmo sendo Sampaio o PR, o espaço de debate e de esclarecimento vai ser ínfimo, e o NÃO parte na pole position. Deste modo, com uma campanha fraca, com o rescaldo das Autárquicas ainda no ar e as Presidenciais a poucos meses de distância, o SIM não terá muitas hipóteses e acabará por perder.
Para mim, Sócrates não tem coragem política para avançar para uma proposta de lei e aposta que o referendo saia furado. Para ele o importante será apenas o cumprimento da promessa do referendo...
P.S. - Considero incrível a falta de coragem política do PS, BE de avançarem com uma proposta de lei sem consulta aos cidadãos. Independentemente de ser contra ou a favor da proposta de lei, em relação ao aborto, se ambos declararam-se partidários do SIM, e se foram eleitos, que tenham a coragem de avançar. Pelo menos o PCP tem tido a "coerência" de ter defendido esta posição.
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